Vai à Câmara projeto que obriga exibição do preço por unidade de medida

04/10/2011 - 17h17

Projeto aprovado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), nesta terça-feira (4), tem objetivo de obrigar os comerciantes a divulgar o preço unitário do produto que está sendo oferecido ao mercado. Esse preço unitário poderá ser o correspondente à unidade por massa, volume ou qualquer outro padrão que se aplique ao produto

Aprovado em decisão terminativaDecisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. , o projeto (PLS 64/10) do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) agora será remetido à Câmara dos Deputados, onde terá de passar para se transformar em lei. Na opinião do autor, a omissão do peso unitário é uma prática "abusiva" destinada a induzir o consumidor a realizar uma compra às cegas, sem a adequada avaliação sobre o preço.

"O aparente baixo valor, nas prateleiras, pode ocultar a prática de preços altíssimos, se considerados por quilo, litro ou metro", argumenta na justificação.

Marcelo Crivella cita como exemplo das dificuldades que o consumidor pode encontrar para comparar preços o caso da tinta para impressoras. Lembra que o produto pode ser vendido em cartuchos de três a dez mililitros, impedindo o comprador de verificar qual o melhor preço de um produto que, quando tem seu valor apurado em litro, pode chegar a mais de R$ 15 mil.

Outro problema seria comprar preços de diferentes fabricantes e com diferentes quantidades na embalagem. Conforme assinalou, muitas vezes a pessoa acredita que está pagando mais barato, quando o preço mais baixo apenas reflete a quantidade menor do produto na embalagem escolhida.

O relator da proposta foi o senador Reditário Cassol (PP-RO), que se manifestou pela aprovação. Segundo ele, a matéria é uma contribuição importante para a transparência nas relações entre consumidor e fornecedor, objetivo do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 1990), que está sendo alterado para incluir a inovação.

Gorette Brandão / Agência Senado

Notícias

Ação com penhora no rosto dos autos não trata de questões sobre o crédito

COISAS SEPARADAS Ação com penhora no rosto dos autos não trata de questões sobre o crédito Rafa Santos 20 de junho de 2025, 7h26 Na mesma decisão, o juiz também negou pedido de suspensão do processo e homologou a arrematação do imóvel e a expedição de carta de arrematação e mandado de imissão na...

Sem intimação pessoal, alienação de bem do devedor não é válida

Falta de aviso Sem intimação pessoal, alienação de bem do devedor não é válida Martina Colafemina 15 de junho de 2025, 15h52 Com efeito, ao menos em sede de cognição sumária, não há prova de que os autores tenham sido intimados pessoalmente, daí podendo derivar a nulidade do ato de consolidação da...

A viabilidade do inventário extrajudicial e suas as vantagens no mundo atual

A viabilidade do inventário extrajudicial e suas as vantagens no mundo atual Milena Cintra de Souza O crescimento na procura da via extrajudicial para realização de inventários em todo o país e as novidades trazidas pela resolução 571/24 do CNJ. quinta-feira, 12 de junho de 2025 Atualizado às...

Interdição só é válida se for registrada em cartório, diz juíza

FORA DA REGRA Interdição só é válida se for registrada em cartório, diz juíza Martina Colafemina 12 de junho de 2025, 8h16 Em sua análise, a juíza deu exemplos de artigos que dizem que é nulo qualquer contrato celebrado por uma pessoa absolutamente incapaz. Entretanto, ela analisou que a validade...